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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Relatório de Aula - Os Sertões - Euclides da Cunha

Cintia Lima dos Santos- B69JIJ-0

Dayana Máris dos S. Vicente- B93IHI-0

Jediel Ulisses- B86341-2

Júlia Lessa- A77BJI-9


Relatório sobre desenvolvimento de uma aula do livro 
Os Sertões de Euclides da Cunha




INTRODUÇÃO

Ao estudar as escolas literárias brasileiras, o leitor vai acabar se deparando com o período que alguns críticos literários classificam como Belle Époque ou Pré-Modernismo, nele existe um engenheiro civil e também jornalista, Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha que é membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e que ao escrever o livro Os Sertões, obra essa que o consagraria, ele também foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. O autor Euclides da Cunha era correspondente jornalístico do jornal O Estado de São Paulo e foi enviado para Canudos (1896) com a proposta de relatar a guerra que lá estava instalada, com isso acabou escrevendo Os Sertões (1902), que é um livro dividido em três partes: A Terra, O Homem e A Luta. A primeira parte é um relato da seca e suas possíveis causas. Na segunda parte, o estudo é sobre a origem do jagunço especificamente Antônio Conselheiro, e por fim na terceira parte contém os combates por parte dos federais em cima dos jagunços e o trágico extermínio dos mesmos. No entanto propõe-se neste estudo, a elaboração de uma aula para alunos do Ensino Médio, utilizando a obra Os Sertões e o contexto em que ela está inserida. O objetivo desse relatório mostrar como foi feito o planejamento da aula sobre a Obra e como foi aplicada para os alunos, usando como base de estudo críticos literários, histórias em quadrinhos e o filme.


VIDA E OBRA 

Filho de Manuel Rodriguez Pimenta da Cunha e Eudóxia Moreira da Cunha, Euclides Rodriguez Pimenta da Cunha nasceu em 20 de janeiro de 1866 no município de Cantagalo (RG). Euclides prestou exames e com 19 anos é admitido na Escola Politécnica onde cursou um ano de Engenharia Civil. Escrevia para a revista da escola chamada “A família Acadêmica”. Euclides foi expulso da Academia, por afrontar o Ministro da Guerra do Império e vai para São Paulo; em 1889 publica no jornal O Estado de São Paulo, uma série de artigos onde defendia ideais republicanos. Após de Proclamada a República Euclides volta para o Rio de Janeiro e retorna ao exército, cursa por dois anos a Escola Superior de Guerra e se forma em Engenharia Militar e bacharela-se em Matemática e Ciências Físicas e Naturais. Casou-se com Ana Sólon Ribeiro. Em 1893 vai para trabalhar na Estrada de Ferro Central do Brasil em São Paulo e foi chamado para servir à Diretoria de Obras Militares. Euclides se afasta do Exército em 1896 e passa a trabalhar em São Paulo como superintendente de obras; volta a trabalhar para o jornal o Estado de São Paulo. Em 1897 foi convidado pelo jornalista Júlio de Mesquita para acompanhar as operações do Exército na Guerra de Canudos, no sertão baiano. Suas mensagens eram transmitidas por telégrafo, para o jornal paulista. Permaneceu no local por três meses. Ao voltar de Canudos, Euclides vai para São José do Rio Pardo para administrar a construção de uma ponte. Escreveu o livro que o consagraria no panorama cultural brasileiro, "Os Sertões". A obra foi publicada em 1902, cinco anos depois do término da Guerra. Euclides relata não só o que presenciou na guerra, mas explica o fenômeno cientificamente. Na literatura Euclides da Cunha faz parte do período chamado Pré-Moderno e no plano interpretativo, o professor Alfredo Bosi propõe a divisão do livro Os Sertões em dois grandes planos: primeiro o plano histórico, que corresponde a parte final do livro – “ A Luta” – , sendo que este é seguido pelo plano interpretativo que, por sua vez, corresponde às duas divisões iniciais do mesmo (“A Terra” e “O Homem”). O momento histórico se reflete na Obra tanto na estrutura determinista (que defende que os estudos devem partir dos aspectos geológicos, passando para detecção das variações climáticas para finalmente chegar ao último elo da cadeia que é o homem) quanto no raciocínio homólogo entre as ciências, onde verificamos a transposição de ideais da biologia e geologia para a explicação dos fenômenos humanos. Em 1903 é eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e é eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Voltou a exercer a função de engenheiro civil em São Paulo, Santos e São José do Rio Preto, seguindo para o Amazonas, como chefe da Comissão Brasileira do Alto Purus, para o reconhecimento de fronteiras. Vai para o Rio de Janeiro e presta concurso para a cadeira de Lógica do Colégio Pedro II, em 1909. No dia 15 de agosto, por questões de honra, numa troca de tiros, é assassinado Euclides da Cunha deixou, além de Os Sertões (1902), Contrastes e Confrontos (1906), Peru Versus Bolívia (1907), Castro Alves e o Seu Tempo (1908), A Margem da História (1909).

DESENVOLVIMENTO DA AULA

De acordo com a proposta para desenvolver uma aula aos alunos do Ensino Médio utilizando os livros da Literatura Brasileira, foi escolhido pelo grupo o livro Os Sertões, de Euclides da Cunha. Para a elaboração da aula foram utilizados conhecimentos como a Obra e a vida do autor, contexto histórico e análise literária do mesmo.
A Os Sertões faz parte do Pré-Modernismo e trata-se de um relato histórico e jornalístico da Guerra de Canudos. Com o objetivo da interação multidisciplinar, foi acordado com o professor de história o relato da Guerra de Canudos, com intuito de facilitar a assimilação do assunto a ser trabalhado em sala de aula. 
Segundo BOSI, Os Sertões são obra de um escritor comprometido com a natureza, com o homem e com a sociedade. É preciso ler esse livro singular sem obsessão de enquadra-lo em um determinado gênero literário, o que implicaria em prejuízo paralisante. [...] A descrição minuciosa da terra, do homem e da luta situa Os Sertões, de pleno direito, no nível da cultura cientifica e histórica.
A principio apresentamos aos alunos o livro e mostramos trechos do mesmo, utilizamos também como complemento trechos de Histórias em Quadrinhos (HQ) e sugerimos que assistissem ao filme que está disponível na internet.
Após breve introdução do conteúdo a ser trabalhado, foi pedido aos alunos para que lessem Os Sertões. Foi dado um prazo de trinta dias para a leitura. Na aula agendada para discussão do livro, a sala foi divida em grupos e cada grupo ficou com uma parte da Obra (A Terra, O Homem, A Luta). Os grupos trabalharam os conteúdos relevantes do autor, relatando os pontos críticos e analises do período e momento que foi escrito o livro. Feito isso, no decorrer das semanas, finalizamos a aula com um debate analítico sobre os três principais capítulos do livro – A Terra, O Homem, A Luta - e sua respectiva contextualização com o Brasil atual, no que diz respeito a erradicação da miséria, da ignorância e da violência.
Dessa forma pudemos observar que ao elaborar um plano de aula, devemos programar todas as nossas atividades, ou seja, planejar cada etapa de ensino consequentemente ao aprendizado. O plano de aula racionaliza as atividades do professor e do aluno, possibilitando melhores resultados e maior produtividade do ensino.

CONCLUSÃO

Neste trabalho abordamos como assunto, o livro Os Sertões de Euclides da Cunha e como elaborar uma aula utilizando essa Obra. Em virtude do que foi pesquisado e analisado, foi feito um estudo sobre alguns aspectos como contextos históricos, literários, vida e obra do autor. Fizemos uma breve apresentação aos alunos do que se tratava o livro e de quem foi Euclides da Cunha. Concluímos que é importante fazer junto com os alunos um estudo sobre a vida do autor e o período histórico em que ele viveu para poder auxiliar os alunos a compreenderem a Obra.
Cumprimos todos os objetivos que tínhamos proposto, porque utilizamos como base para a aula alguns livros de críticos literários e artigos científicos pesquisados na internet.
Este trabalho foi muito importante para podermos perceber como é relevante uma boa introdução no que se refere à contextualização da vida do autor, o período em que a Obra foi escrita e a demonstração de trechos da mesma, tudo isso para que os alunos se sentissem motivados a ler o livro e se dedicassem realmente a compreender Os Sertões e as motivações de Euclides da Cunha em escrevê-lo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. 43 ed. – São Paulo :Cultrix, 2006.
MOISÉS, Massaud. A literatura brasileira através dos textos. 29 ed. rev. e ampl. – São Paulo: Cultrix, 2012.
Biografia de Euclides da Cunha. e-Biografias. Disponível em: http://www.e-biografias.net/euclides_cunha/ Acesso em: 01 de novembro de 2015.
Os Sertões – Filme (HD). You Tube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=XJZ26VW81ZE Acesso em: 01 de novembro de 2015.
Blog da sala de Letras (Português/Inglês) do 5º e 6º período da Universidade Paulista. Disponível em: https://linguaportuguesamorfossintaxeeensino.blogspot.com.br/ Acesso em 23 de novembro de 2015.

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