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terça-feira, 24 de maio de 2016 0 comentários

Letramento Crítico e o Ensino de Língua Inglesa

Autores:
Cintia Lima dos Santos- B69JIJ-0 
Dayana Máris dos S. Vicente- B93IHI-0 
Jediel Ulisses- B86341-2 
Júlia Lessa- A77BJI-9 

Letramento Crítico e o Ensino de Língua Inglesa

INTRODUÇÃO 

Sabemos que a Língua Inglesa está constantemente presente em nossa vida, durante o dia podemos nos deparar com palavras como STOP, PLAY, WHATSAPP e muitas outras que foram incorporadas ao nosso idioma há muito tempo. O inglês é também o idioma mais ensinado como língua estrangeira ao redor do mundo e a principal língua de comunicação em vários domínios, como, por exemplo, a aviação, o intercâmbio científico e as novas tecnologias de informação e comunicação. O professor da Língua Inglesa tem um papel importante de mediador entre o aluno interessado em aprender gramaticalmente e oralmente o Inglês e todas as ferramentas de conhecimento disponíveis hoje em dia, principalmente com o uso da internet. Como mediador entre o idioma e o aluno, o professor pode fazer uso de vários recursos multimodais para elaborar suas aulas e assim auxiliar o aluno a desenvolver seu interesse pelo estudo da língua fazendo com que o mesmo assuma o papel de cidadão crítico. No entanto propõe-se com este estudo o conhecimento e utilização das ferramentas multimodais, para elaboração de aulas mais dinâmicas e que ajudem a desenvolver o pensamento crítico dos alunos. O objetivo deste trabalho é apresentar situações de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa.

LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA DA COMUNICAÇÃO 

 A língua inglesa tornou-se uma língua global como resultado de dois fatores principais: a extensão do poder colonial britânico e a hegemonia dos Estados Unidos como poder econômico no século XX. Para se impor como língua global, um idioma deve adquirir um papel especial reconhecido no mundo todo, esse papel é evidente nos países em que o inglês é falado como primeira língua por grandes contingentes da população: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul e vários países caribenhos. O inglês tem estatuto de língua oficial em mais de setenta países, a maior parte dos quais tem em comum o fato de serem ex-colônias da Inglaterra, nesses locais, a língua inglesa é usada como meio de comunicação em um ou mais setores: na administração governamental, na educação, no sistema judiciário ou nos meios de comunicação de massa. O inglês é também o idioma mais ensinado como língua estrangeira ao redor do mundo e a principal língua de comunicação em vários domínios, como, por exemplo, a aviação, o intercâmbio científico e as novas tecnologias de informação e comunicação. Estima-se que na atualidade, um quarto da população mundial (mais de 1,5 bilhões de pessoas) possua algum conhecimento de inglês dos quais 500 milhões sejam altamente proficientes no uso do idioma. Dada a sua condição de língua global, não é de se admirar que o número de falantes não-nativos de inglês já tenha ultrapassado em muito o contingente daqueles que falam o idioma como primeira língua e que, no primeiro grupo, o número dos que aprendem o inglês como língua estrangeira tenda a se expandir, enquanto a língua for mantida em evidência. Pode-se considerar o sucesso internacional do inglês como resultado de séculos de exploração e opressão e entender que o poder sobre a língua continua nas mãos dos povos falantes nativos do idioma. Na direção inversa, é possível olhar para o inglês como língua verdadeiramente mundial, no sentido de idioma que se tornou um recurso a ser utilizado cultural e comercialmente por muitos grupos diversos, para além de diferenças nacionais. Alguns linguistas e linguistas aplicados defendem, ainda, uma resistência ideológica ao inglês, na direção de uma mudança de atitude que abandone a subserviência à língua ou a sua rejeição pura e simples, para reconhecer o caráter imperialista e ideológico que tem comandado a expansão dessa língua no mundo e saber dela se servir de modo estratégico.
Nesse sentido, alguns especialistas advogam mudanças no ensino do inglês como língua estrangeira, com o argumento de que os conteúdos devem refletir as necessidades de falantes não-nativos que usam a língua para se comunicar com outros estrangeiros. 

1.1 MULTIMODALIDADE 

Falar em multimodalidade não é somente falar em múltiplos modos de transmitir mensagem e conhecimento através de imagens, músicas e filmes. A multimodalidade também está na língua/linguagem, como afirma Kress e Van Leeuwen: Linguagem, por exemplo, é um modo semiótico porque pode se materializar em fala ou escrita, e a escrita é um modo semiótico também , porque pode se materializar como (uma mensagem) gravada em uma pedra, como caligrafia em um certificado, como impressão em um papel, e todos esses meios adicionam uma camada a mais de significado. Assim, todo texto pode ser multimodal, mesmo que só tenha texto escrito. Os simples destaques do título, os usos de diferentes tipos de letras, tamanho, e cor, tornam qualquer texto escrito multimodal. De acordo com Carey Jewitt, uma das maiores pesquisadores do estudo, Multimodalidade é uma abordagem interdisciplinar que entende a comunicação e a representação como envolvendo mais que a língua. Os estudos nesse campo têm se desenvolvido nas últimas décadas de modo a tratar sistematicamente de questões muito discutidas sobre as mudanças na sociedade, por exemplo, em relação às novas mídias e tecnologias. Abordagens multimodais têm proposto conceitos, métodos e perspectivas de trabalho para a coleção e análise de aspectos visuais, auditivos, corporificados e espaciais da interação e dos ambientes, bem como da relação entre os mesmos. Três pressupostos teóricos interconectados estão subjacentes à multimodalidade. Primeiro, a multimodalidade pressupõe que a representação e a comunicação sempre se baseiam em uma multiplicidade de modos, todos contribuindo para o significado. Ela se concentra na análise e descrição do repertório completo de recursos geradores de sentido usados pelas pessoas (recursos visuais, falados, gestuais, escritos, tridimensionais, entre outros, dependendo do domínio da representação) em diferentes contextos, e no desenvolvimento de meios que mostram como esses são organizados para gerar sentido. 
Em segundo lugar, a multimodalidade pressupõe que os recursos são socialmente modelados através do tempo para se tornarem geradores de sentido, os quais articulam os significados (sociais, individuais/afetivos) exigidos pelos requerimentos de diversas comunidades. Esses grupos organizados de recursos semióticos para geração de sentido são chamados de modos, os quais realizam tarefas comunicativas de modos diferentes – o que torna a escolha de modo um aspecto central da interação e do significado. À medida que grupos de recursos são usados na vida social de uma dada comunidade, mais completa e finamente articulados eles se tornarão. Para que algo “seja um modo” há necessidade de um senso cultural compartilhado em uma comunidade de recursos e como esses podem ser organizados para realizar significados. Finalmente, a multimodalidade pressupõe pessoas orquestrando o sentido através de uma seleção e configuração particular de modos, enfatizando a importância da interação entre modos. Portanto, todo ato comunicativo é modelado pelas normas e regras operando no momento de produção do signo, influenciado pelas motivações e interesses das pessoas em contextos sociais específicos. 

1.2 A TEORIA DO LETRAMENTO CRÍTICO 

O letramento crítico se relaciona com a consciência linguística como uma de suas vertentes, a consciência crítica também vê a língua como um fenômeno dinâmico, mas a consciência que busca não é a de conhecimento simplesmente, mas de um processo socialmente situado. Diferente das demais áreas da consciência linguística que questionam a prescrição e promovem a descrição da língua em uso, a consciência linguística crítica vê a noção de propriedade, em substituição a de correção apenas como uma forma de encobrir as razões para se usar uma determinada variedade e toma a situação como veículo para perpetuação de uma ideologia. Para ela o desenvolvimento de habilidades de comunicação não pode estar a serviço de necessidades econômicas, mas da subversão. Isso quer dizer que a reflexão e a metaconversa fomentadas no letramento crítico precisam ir muito além do linguístico para serem capazes de localizar o aluno com relação ao não-dito, ao não-implícito, mas ao silenciado, o publico que o texto serve e a ideologia que ele dissemina.
Atividades comunicativas poderiam facilmente incorporar o letramento crítico, se acrescentar a elas uma fase nova em que uma das etapas anteriores pudesse servir de insumo para a problematização essencial à crítica social. Ou seja, a metaconversa resultante da atividade comunicativa poderia servir tanto para o desenvolvimento da competência comunicativa quanto para o desenvolvimento da consciência crítica. Na prática então, sabe-se que a produção de significados de grande complexidade em uma língua estrangeira demandaria condições de aprendizagem que, em muito iriam se distanciar do cenário brasileiro atual, dizendo a respeito da escola regular. Com o intuito de conciliar o letramento crítico com as abordagens atuais para o ensino de uma língua estrangeira, como indicam as novas orientações curriculares para o ensino médio, podese apontar algumas possiblidades nessa direção, discutindo possíveis pontos de contato entre o ensino comunicativo e o letramento crítico. 

1.3 MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA 

Sabemos que hoje o armazenamento do conhecimento não é mais prioridade na vida das pessoas, já que o temos à nossa disposição. A função do professor é contribuir para a formação do cidadão crítico agindo como mediador. Tendo como base a Teoria do Letramento Crítico, o objetivo é que os alunos apresentem situações de ensino-aprendizagem de língua inglesa de maneira a contribuir para a formação do cidadão crítico que vive neste mundo globalizado. Portanto, deve-se levar em consideração a língua inglesa como língua da comunicação e multimodalidade. A utilização da linguagem é inerente à interação humana. A cultura subjetiva, isto é, os valores e as normas culturais, determinam os diversos modos de interação entre um falante e um ouvinte. Tais valores e normas encontram-se presentes na competência comunicativa dos participantes, ao fazerem determinadas escolhas durante a interação social. A educação prepara o indivíduo para o exercício da cidadania plena, ajudando o a exercer seus direitos e deveres de todo cidadão consciente e crítico. Para que o homem exerça sua cidadania é preciso que ele domine a linguagem. Com as constantes mudanças, avanços tecnológicos e, principalmente, a globalização, a sociedade necessita, cada vez mais, de um preparo educacional maior e de melhor qualidade. Cabe ao professor, como mediador do ensino da língua inglesa, promover o desenvolvimento de habilidades que permitam ao aluno ser o precursor de seu processo de aprendizado. O aluno aprende a desenvolver sua autonomia e passa a ter consciência de seu cumprimento crítico e ativo no processo de aprendizagem, pois é isto que o diferenciará dos demais indivíduos: O domínio da linguagem, tanto materna quanto estrangeira, que se torna cada vez mais utilizada na comunicação mundial e multimodal. Os métodos de ensino utilizados em sala apresentam diferentes visões acerca do ensino da língua inglesa. Cada abordagem apresenta níveis, métodos e técnicas específicas: 

Método de Gramática-Tradução 

Foca-se apenas na forma da língua e não no significado das expressões. Consiste em possibilitar o acesso a textos literários e o domínio da gramática normativa. A língua é então construída como uma estrutura, na qual o importante é aprender as suas regras e formas. 

Método Direto 

O aprendizado de uma língua estrangeira ocorre por meio do contato direto com esta. Sendo assim, a língua materna passa a ser excluída da na sala de aula. 

Método Oral e Ensino da Língua Situacional ou “Drills” 

Se a língua é concebida como sendo um conjunto de estruturas relacionadas a situações, logo, esta abordagem consiste no tipo de hábito de aprendizagem. Um exemplo simples de se compreender é a aplicação de frases previamente prontas e relacionadas a diferentes situações e/ou contextos para que os alunos memorizem e repitam.

Método Áudio-Lingual 

Utiliza-se de diálogos e 'drills', onde os alunos são colocados em situações dialógicas de forma a ilustrar seu contexto e como as principais estruturas da língua podem ser aplicadas nessas situações. 

Abordagem Comunicativa 

Preocupa-se com o significado ao invés da forma da língua, tendo como suporte os materiais e tarefas levados à sala de aula. Esta abordagem vê o ensino da língua como propiciador do desenvolvimento da chamada "Competência Comunicativa". (RICHARDS e RODGERS, 1986). Todas as abordagens auxiliam o aluno a usar a Língua Inglesa o máximo possível e o professor o ajudará a desenvolver interesse pelo conteúdo a assumir seu papel de cidadão crítico e ativo, seja no âmbito escolar e/ou externo a ele.

CONCLUSÃO 

Neste trabalho abordamos como assunto, a Língua Inglesa e como ela se tornou um idioma global, os métodos multimodais de ensino-aprendizagem para despertar o interesse e a criticidade do aluno na aprendizagem de uma língua estrangeira. Concluímos que o professor tem um papel muito importante para o ensino do inglês, desde que ele faça uso de ferramentas que o apresentem como um mediador entre a língua estrangeira e o aluno e que também ele desperte nos educandos o pensamento crítico. Cumprimos todos os objetivos que tínhamos proposto, porque utilizamos como base de estudos, artigos científicos que foram pesquisados na internet. Este trabalho foi relevante para podermos perceber o quanto é importante o trabalho do professor no desenvolvimento do interesse do aluno em aprender uma língua estrangeira e também para se tornar um ser crítico perante a sociedade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A importância do Letramento Crítico. Disponível em:https://prezi.com/nx70tvocxdj8/a-importancia-do-letramento-critico/ Acesso em: 08/05/2016 
Approaches and Methods in Language Teaching. Disponível em: https://Users/User/Downloads/approaches-and-methods-in-language-teaching2-paperback-frontmatter.pdf Acesso em: 28/04/2016. 
Letramento Crítico e Ensino Comunicativo. Disponível em: http://www.scielo.com.br/pdf/rbla/v10n1/08.pdf 
Multimodalidade: enfoque para o professor de ensino médio. Disponível em: http://www.letras.pucrio.br/unidades&nucleos/janeladeideias/biblioteca/B_Multimodalidade.pdf Acesso em: 26/04/2016. 
Multimodalidade e Leituras. Funcionamento cognitivo, recursos semióticos, convenções visuais. Disponível em: http://pibidletras.com.br/serie-experimentando-teorias/ET1-Multimodalidadese-Leituras.pdf Acesso em: 01/05/2016. 
O inglês na atualidade: uma língua global. Disponível em: http://www.labeurb.unicamp.br/elb2/pages/artigos/lerArtigo.lab?id=98 Acesso em: 26/04/2016. 
Blog da sala de Letras (Português/Inglês) do 6º e 7º período da Universidade Paulista. Disponível em: http://linguaportuguesamorfossintaxeeensino.blogspot.com.br/ Acesso em 25/05/ 2016.


 
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