Sujeito
A função do
sujeito em uma oração não é somente gramatical ou sintática, também pode ser
usado para desempenhar pelo menos três papéis significativos diferentes, estes,
de relevância semântica:
-
Referente: aquilo sobre o que se declara algo.
-
Tópico: função textual de realce.
-
Agente: aquilo que pratica a ação expressa pelo verbo.
Como analisar o sujeito?
1.
Isole a oração a ser analisada.
2.
Transforme-a em uma pergunta hipotética.
3.
A resposta, geralmente afirmativa, indicará o
sujeito e também transformará a frase na ordem SVC.
Exemplo: Caíram do varal as
roupas estendidas?
Sim, elas caíram do varal.
De acordo com a Inez Sautchuk (p.
74), o sujeito de uma oração é uma noção gramatical – uma função sintática – que
está muito além de ser entendido de uma maneira apenas ou predominantemente
semântica, como tem ocorrido.
Princípio
linguístico: somente o pronome pessoal do caso reto pode substituir o sujeito,
por serem de natureza substantiva. (não preposicionada)
É tradicional classificar o
sujeito da oração, oculto (ou elíptico), indeterminado ou inexistente (oração
sem sujeito). Saber o nome de um determinado tipo de sujeito não é tão
importante quanto observar as várias possibilidades desse termo se manifestar.
Sujeito Composto: dois ou mais sintagmas nominais (com os
respectivos núcleos substantivos) pode ser trocado por um só pronome reto:
Exemplo: naquela oportunidade
sumiram de casa alguns objetos e lembranças queridas?
SUJEITO
Sim, eles sumiram de casa
naquela oportunidade.
Sujeito Oculto (o elíptico ou desinencial) : É aquele marcado na
própria desinência verbal, sem ser representado expressamente no enunciado por
um sintagma nominal. Nesse caso, não se troca nenhum sintagma nominal por
pronome reto, acrescenta-se um pronome a oração que pode se articular ao seu
verbo.
Exemplo: Não pretendemos voltar
tão cedo?
Não, nós não pretendemos
voltar tão cedo.
Sujeito Indeterminado (SI) : O verbo da oração (3ª pessoa do plural
ou singular), você não vai saber quem está fazendo a ação.
Exemplo: Não cabe a você reclamar
melhor aproveitando do meu tempo.
SUJEITO
Sujeito inexistente (oração sem sujeito):
São construções que correspondem àquela posição em que o sujeito fica vazio no
padrão SVC. São enunciados em que o
verbo é impessoal, devendo permanecer quase sempre na terceira pessoa do
singular. Pode ter por si só a carga semântica fechada, não apresentando
referência ao um tópico/sujeito na construção frasal, ou funcionar como parte
de um período composto.
Exemplo 1: Costuma nevar em São
Joaquim?
Sim, costuma nevar em São
Joaquim.
Exemplo 2: Choveu durante a
semana.
BIBLIOGRAFIA:
SAUTCHUK,
Inez. Prática de Morfossintaxe: Como e porque aprender análise
(morfo)sintática. 2ª edição.Barueri, SP: Manole, 2010.
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