Autores:
Cintia Lima dos Santos- B69JIJ-0
Dayana Máris dos S. Vicente- B93IHI-0
Jediel Ulisses- B86341-2
Júlia Lessa- A77BJI-9
Letramento Crítico e o Ensino de Língua Inglesa
INTRODUÇÃO
Sabemos que a Língua Inglesa está constantemente presente em nossa vida,
durante o dia podemos nos deparar com palavras como STOP, PLAY, WHATSAPP e
muitas outras que foram incorporadas ao nosso idioma há muito tempo. O inglês é
também o idioma mais ensinado como língua estrangeira ao redor do mundo e a
principal língua de comunicação em vários domínios, como, por exemplo, a aviação, o
intercâmbio científico e as novas tecnologias de informação e comunicação.
O professor da Língua Inglesa tem um papel importante de mediador entre o
aluno interessado em aprender gramaticalmente e oralmente o Inglês e todas as
ferramentas de conhecimento disponíveis hoje em dia, principalmente com o uso da
internet. Como mediador entre o idioma e o aluno, o professor pode fazer uso de vários
recursos multimodais para elaborar suas aulas e assim auxiliar o aluno a desenvolver
seu interesse pelo estudo da língua fazendo com que o mesmo assuma o papel de
cidadão crítico. No entanto propõe-se com este estudo o conhecimento e utilização
das ferramentas multimodais, para elaboração de aulas mais dinâmicas e que
ajudem a desenvolver o pensamento crítico dos alunos. O objetivo deste trabalho é
apresentar situações de ensino-aprendizagem da Língua Inglesa.
LÍNGUA INGLESA COMO LÍNGUA DA COMUNICAÇÃO
A língua inglesa tornou-se uma língua global como resultado de dois fatores
principais: a extensão do poder colonial britânico e a hegemonia dos Estados Unidos
como poder econômico no século XX. Para se impor como língua global, um idioma
deve adquirir um papel especial reconhecido no mundo todo, esse papel é evidente nos
países em que o inglês é falado como primeira língua por grandes contingentes da
população: Estados Unidos, Grã-Bretanha, Canadá, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia,
África do Sul e vários países caribenhos.
O inglês tem estatuto de língua oficial em mais de setenta países, a maior
parte dos quais tem em comum o fato de serem ex-colônias da Inglaterra, nesses locais,
a língua inglesa é usada como meio de comunicação em um ou mais setores: na
administração governamental, na educação, no sistema judiciário ou nos meios de
comunicação de massa. O inglês é também o idioma mais ensinado como língua
estrangeira ao redor do mundo e a principal língua de comunicação em vários domínios,
como, por exemplo, a aviação, o intercâmbio científico e as novas tecnologias de
informação e comunicação.
Estima-se que na atualidade, um quarto da população mundial (mais de 1,5
bilhões de pessoas) possua algum conhecimento de inglês dos quais 500 milhões sejam
altamente proficientes no uso do idioma. Dada a sua condição de língua global, não é de
se admirar que o número de falantes não-nativos de inglês já tenha ultrapassado em
muito o contingente daqueles que falam o idioma como primeira língua e que, no
primeiro grupo, o número dos que aprendem o inglês como língua estrangeira tenda a se
expandir, enquanto a língua for mantida em evidência.
Pode-se considerar o sucesso internacional do inglês como resultado de
séculos de exploração e opressão e entender que o poder sobre a língua continua nas
mãos dos povos falantes nativos do idioma. Na direção inversa, é possível olhar para o
inglês como língua verdadeiramente mundial, no sentido de idioma que se tornou um
recurso a ser utilizado cultural e comercialmente por muitos grupos diversos, para além
de diferenças nacionais. Alguns linguistas e linguistas aplicados defendem, ainda, uma
resistência ideológica ao inglês, na direção de uma mudança de atitude que abandone a
subserviência à língua ou a sua rejeição pura e simples, para reconhecer o caráter
imperialista e ideológico que tem comandado a expansão dessa língua no mundo e saber
dela se servir de modo estratégico.
Nesse sentido, alguns especialistas advogam mudanças no ensino do inglês
como língua estrangeira, com o argumento de que os conteúdos devem refletir as
necessidades de falantes não-nativos que usam a língua para se comunicar com outros
estrangeiros.
1.1 MULTIMODALIDADE
Falar em multimodalidade não é somente falar em múltiplos modos de
transmitir mensagem e conhecimento através de imagens, músicas e filmes. A
multimodalidade também está na língua/linguagem, como afirma Kress e Van Leeuwen:
Linguagem, por exemplo, é um modo semiótico porque pode se materializar
em fala ou escrita, e a escrita é um modo semiótico também , porque pode se
materializar como (uma mensagem) gravada em uma pedra, como caligrafia
em um certificado, como impressão em um papel, e todos esses meios
adicionam uma camada a mais de significado.
Assim, todo texto pode ser multimodal, mesmo que só tenha texto escrito.
Os simples destaques do título, os usos de diferentes tipos de letras, tamanho, e cor,
tornam qualquer texto escrito multimodal.
De acordo com Carey Jewitt, uma das maiores pesquisadores do estudo,
Multimodalidade é uma abordagem interdisciplinar que entende a comunicação e a
representação como envolvendo mais que a língua. Os estudos nesse campo têm se
desenvolvido nas últimas décadas de modo a tratar sistematicamente de questões muito
discutidas sobre as mudanças na sociedade, por exemplo, em relação às novas mídias e
tecnologias. Abordagens multimodais têm proposto conceitos, métodos e perspectivas
de trabalho para a coleção e análise de aspectos visuais, auditivos, corporificados e
espaciais da interação e dos ambientes, bem como da relação entre os mesmos. Três
pressupostos teóricos interconectados estão subjacentes à multimodalidade.
Primeiro, a multimodalidade pressupõe que a representação e a
comunicação sempre se baseiam em uma multiplicidade de modos, todos contribuindo
para o significado. Ela se concentra na análise e descrição do repertório completo de
recursos geradores de sentido usados pelas pessoas (recursos visuais, falados, gestuais,
escritos, tridimensionais, entre outros, dependendo do domínio da representação) em
diferentes contextos, e no desenvolvimento de meios que mostram como esses são
organizados para gerar sentido.
Em segundo lugar, a multimodalidade pressupõe que os recursos são
socialmente modelados através do tempo para se tornarem geradores de sentido, os
quais articulam os significados (sociais, individuais/afetivos) exigidos pelos
requerimentos de diversas comunidades. Esses grupos organizados de recursos
semióticos para geração de sentido são chamados de modos, os quais realizam tarefas
comunicativas de modos diferentes – o que torna a escolha de modo um aspecto central
da interação e do significado. À medida que grupos de recursos são usados na vida
social de uma dada comunidade, mais completa e finamente articulados eles se tornarão.
Para que algo “seja um modo” há necessidade de um senso cultural compartilhado em
uma comunidade de recursos e como esses podem ser organizados para realizar
significados.
Finalmente, a multimodalidade pressupõe pessoas orquestrando o sentido
através de uma seleção e configuração particular de modos, enfatizando a importância
da interação entre modos. Portanto, todo ato comunicativo é modelado pelas normas e
regras operando no momento de produção do signo, influenciado pelas motivações e
interesses das pessoas em contextos sociais específicos.
1.2 A TEORIA DO LETRAMENTO CRÍTICO
O letramento crítico se relaciona com a consciência linguística como uma de
suas vertentes, a consciência crítica também vê a língua como um fenômeno dinâmico,
mas a consciência que busca não é a de conhecimento simplesmente, mas de um
processo socialmente situado. Diferente das demais áreas da consciência linguística que
questionam a prescrição e promovem a descrição da língua em uso, a consciência
linguística crítica vê a noção de propriedade, em substituição a de correção apenas como
uma forma de encobrir as razões para se usar uma determinada variedade e toma a
situação como veículo para perpetuação de uma ideologia. Para ela o desenvolvimento
de habilidades de comunicação não pode estar a serviço de necessidades econômicas,
mas da subversão. Isso quer dizer que a reflexão e a metaconversa fomentadas no
letramento crítico precisam ir muito além do linguístico para serem capazes de localizar
o aluno com relação ao não-dito, ao não-implícito, mas ao silenciado, o publico que o
texto serve e a ideologia que ele dissemina.
Atividades comunicativas poderiam facilmente incorporar o letramento crítico,
se acrescentar a elas uma fase nova em que uma das etapas anteriores pudesse servir de
insumo para a problematização essencial à crítica social. Ou seja, a metaconversa
resultante da atividade comunicativa poderia servir tanto para o desenvolvimento da
competência comunicativa quanto para o desenvolvimento da consciência crítica. Na
prática então, sabe-se que a produção de significados de grande complexidade em uma
língua estrangeira demandaria condições de aprendizagem que, em muito iriam se
distanciar do cenário brasileiro atual, dizendo a respeito da escola regular. Com o intuito
de conciliar o letramento crítico com as abordagens atuais para o ensino de uma língua
estrangeira, como indicam as novas orientações curriculares para o ensino médio, podese
apontar algumas possiblidades nessa direção, discutindo possíveis pontos de contato
entre o ensino comunicativo e o letramento crítico.
1.3 MÉTODOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA
Sabemos que hoje o armazenamento do conhecimento não é mais prioridade na
vida das pessoas, já que o temos à nossa disposição.
A função do professor é contribuir para a formação do cidadão crítico agindo
como mediador.
Tendo como base a Teoria do Letramento Crítico, o objetivo é que os alunos
apresentem situações de ensino-aprendizagem de língua inglesa de maneira a contribuir
para a formação do cidadão crítico que vive neste mundo globalizado. Portanto, deve-se
levar em consideração a língua inglesa como língua da comunicação e multimodalidade.
A utilização da linguagem é inerente à interação humana. A cultura subjetiva,
isto é, os valores e as normas culturais, determinam os diversos modos de interação
entre um falante e um ouvinte. Tais valores e normas encontram-se presentes na
competência comunicativa dos participantes, ao fazerem determinadas escolhas durante
a interação social.
A educação prepara o indivíduo para o exercício da cidadania plena, ajudando o
a exercer seus direitos e deveres de todo cidadão consciente e crítico.
Para que o homem exerça sua cidadania é preciso que ele domine a linguagem.
Com as constantes mudanças, avanços tecnológicos e, principalmente, a globalização, a sociedade necessita, cada vez mais, de um preparo educacional maior e de melhor
qualidade.
Cabe ao professor, como mediador do ensino da língua inglesa, promover o
desenvolvimento de habilidades que permitam ao aluno ser o precursor de seu processo
de aprendizado. O aluno aprende a desenvolver sua autonomia e passa a ter consciência
de seu cumprimento crítico e ativo no processo de aprendizagem, pois é isto que o
diferenciará dos demais indivíduos: O domínio da linguagem, tanto materna quanto
estrangeira, que se torna cada vez mais utilizada na comunicação mundial e multimodal.
Os métodos de ensino utilizados em sala apresentam diferentes visões acerca
do ensino da língua inglesa. Cada abordagem apresenta níveis, métodos e técnicas
específicas:
Método de Gramática-Tradução
Foca-se apenas na forma da língua e não no significado das expressões.
Consiste em possibilitar o acesso a textos literários e o domínio da gramática normativa.
A língua é então construída como uma estrutura, na qual o importante é aprender as suas
regras e formas.
Método Direto
O aprendizado de uma língua estrangeira ocorre por meio do contato direto
com esta. Sendo assim, a língua materna passa a ser excluída da na sala de aula.
Método Oral e Ensino da Língua Situacional ou “Drills”
Se a língua é concebida como sendo um conjunto de estruturas relacionadas a
situações, logo, esta abordagem consiste no tipo de hábito de aprendizagem. Um
exemplo simples de se compreender é a aplicação de frases previamente prontas e
relacionadas a diferentes situações e/ou contextos para que os alunos memorizem e
repitam.
Método Áudio-Lingual
Utiliza-se de diálogos e 'drills', onde os alunos são colocados em situações
dialógicas de forma a ilustrar seu contexto e como as principais estruturas da língua
podem ser aplicadas nessas situações.
Abordagem Comunicativa
Preocupa-se com o significado ao invés da forma da língua, tendo como
suporte os materiais e tarefas levados à sala de aula. Esta abordagem vê o ensino da
língua como propiciador do desenvolvimento da chamada "Competência
Comunicativa". (RICHARDS e RODGERS, 1986).
Todas as abordagens auxiliam o aluno a usar a Língua Inglesa o máximo
possível e o professor o ajudará a desenvolver interesse pelo conteúdo a assumir seu
papel de cidadão crítico e ativo, seja no âmbito escolar e/ou externo a ele.
CONCLUSÃO
Neste trabalho abordamos como assunto, a Língua Inglesa e como ela se tornou
um idioma global, os métodos multimodais de ensino-aprendizagem para despertar o
interesse e a criticidade do aluno na aprendizagem de uma língua estrangeira.
Concluímos que o professor tem um papel muito importante para o ensino do inglês,
desde que ele faça uso de ferramentas que o apresentem como um mediador entre a
língua estrangeira e o aluno e que também ele desperte nos educandos o pensamento
crítico.
Cumprimos todos os objetivos que tínhamos proposto, porque utilizamos como
base de estudos, artigos científicos que foram pesquisados na internet.
Este trabalho foi relevante para podermos perceber o quanto é importante o
trabalho do professor no desenvolvimento do interesse do aluno em aprender uma
língua estrangeira e também para se tornar um ser crítico perante a sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Acesso em:
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Multimodalidade e Leituras. Funcionamento cognitivo, recursos
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http://pibidletras.com.br/serie-experimentando-teorias/ET1-Multimodalidadese-Leituras.pdf
Acesso em: 01/05/2016.
Multimodalidade na sala de aula: Um desafio. Disponível em:
http://www.maxwell.vrac.pucrio.br/12655/12655.PDFXXvmi=CHt401KlM9fOWLq92HppLhqIAR8hOIOrpivqkhM7r3WpOoAR60hShJBSCKaqt0TUjplEI9MbcJB18bTfcc8uVKnxvz00zTVSkhw4qkfD4RFc3zsgLBLIm9hTIhTicPcw8KBz5Rc9JSmMsP3erPxPZfJIxE2KuehDZTd5LqeujCiMrm2Uc1KcguVOaxzFdRjcMwhzZw4i9n6CL8xZ9jbqO8gZ6QFjIZwvwP5vmaOwxVak4Ije2vGREWQKNw5wvC34 Acesso em: 01/05/2016.
O inglês na atualidade: uma língua global. Disponível em:
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Blog da sala de Letras (Português/Inglês) do 6º e 7º período da
Universidade Paulista. Disponível em:
http://linguaportuguesamorfossintaxeeensino.blogspot.com.br/ Acesso em 25/05/ 2016.